Principais Características:


Tipo prioritário de uso: 
mesa


Características Biológicas: Vigor: Alto. Ciclo: Médio-longo.


Características Morfológicas: Cacho: Grande, muito compacto; cilindro-cônico, alongado, alado. Baga: Grande; elipsóide; vermelha; polpa carnosa; sabor moscatel; com sementes. Folhas maduras: Médio a grandes, quinquilobadas. A cultivar Itália Muscat, difere-se da cultivar Italia por apresentar comprimento de cacho e comprimento e largura das bagas superiores.


Resistência à pragas e doenças: à Antracnose: moderada; à Botytis: moderada; ao Míldio: moderada; ao Oídio: alta; à Podridão ácida: alta; ao Cancro bacteriano: moderada.


Região de adaptação: MG, SP, PR, SC, RS, PE, BA e MG


Outras informações: A mutação pode ser reversível após alguns anos. A cultivar Itália Muscat destaca-se pelo maior peso e tamanho de bagas, peso de cachos e sabor moscatel mais acentuado, conferindo a esta uva sabor mais agradável. Sempre que possível, deve-se evitar a realização da poda durante o período das chuvas, devido à sua elevada sensibilidade ao rachamento de bagas.

Ano de lançamento da tecnologia: 2015

Origem:
Em um parreiral comercial da cultivar Itália ('Bicane' x 'Moscatel de Hamburgo'), localizado no pólo Petrolina-PE/Juazeiro-BA, foi observada uma planta que se destacava por produzir cachos mais alongados, bagas com maiores diâmetros e sabor moscatel mais acentuado, sendo chamada também de 'Itália Melhorada'. Assim, foram retiradas gemas para propagação e notou-se que essas características passaram às plantas descendentes. O responsável pela identificação do clone é desconhecido, haja vista que, rapidamente diversos parreirais foram implantados com material obtido dessas plantas e hoje a cultivar está totalmente disseminada pelo Vale do São Francisco, nunca tendo sua comercialização formalizada. Posteriormente, a partir de vinhedos existentes na área da Estação Experimental da Embrapa Uva e Vinho, o material propagativo foi obtido, tendo sua introdução realizada na década de 90 em Telado do Laboratório da Virologia Vegetal. Posteriormente, a partir de estacas vegetativas, plantas foram formadas e submetidas ao tratamento térmico in vivo para remoção viral durante dois ciclos sequenciais de calor (totalizando 117 dias). Posteriormente a este processo, secções vegetais foram retiradas e estabelecidas in vivo. Estas novas plantas, foram indexadas continuamente por métodos biológicos e moleculares para comprovação de sua sanidade em relação aos principais vírus que infectam a videira, especialmente: os vírus do complexo do enrolamento-da-folha; os vírus do complexo do intumescimento-dos-ramos; o vírus da degenerência-da-videira; o vírus da mancha-das-nervuras e o vírus da caneluras-do-tronco.  Em 2012, o material de sanidade superior foi introduzido em Unidade de Validação de Termonúmeros, em Petrolina, Pernanbuco. Em 2014, depois de confirmada sua normalidade agronômica, identidade genética e sanidade viral; foi solicitada sua inserção no Registro Nacional de Cultivares/MAPA, tendo a Embrapa como uma de suas mantenedoras. Em 2015, ocorreu o primeiro edital de comercialização do material vegetal para constituição de jardins clonais em viveiristas licenciados pela Embrapa.

Fonte: Embrapa.